domingo, 27 de maio de 2012

O que é Pentecostes

Era para os judeus uma festa de grande alegria, pois era a festa das colheitas. Ação de graças pela colheita do trigo. Vinha gente de toda a parte: judeus saudosos que voltavam a Jerusalém, trazendo também pagãos amigos e prosélitos. Eram oferecidas as primícias das colheitas no templo. Era também chamada festa das sete semanas por ser celebrada sete semanas depois da festa da páscoa, no qüinquagésimo dia. Daí o nome Pentecostes, que significa "qüinquagésimo dia".

No primeiro pentecostes, depois da morte de Jesus, cinqüenta dias depois da páscoa, o Espírito Santo desceu sobre a comunidade cristã de Jerusalém na forma de línguas de fogo; todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas (At 2,1-4). As primícias da colheita aconteceram naquele dia, pois foram muitos os que se converteram e foram recolhidos para o Reino.

Quem é o Espírito Santo?

O prometido por Jesus: "...ordenou-lhes que não se afastassem de Jerusalém, mas que esperassem a realização da promessa do Pai a qual, disse Ele, ouvistes da minha boca: João batizou com água; vós, porém, sereis batizados com o Espírito Santo dentro de poucos dias" (At 1,4-5).

Espírito que procede do Pai e do Filho: "quando vier o Paráclito, que vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da Verdade que vem do Pai, ele dará testemunho de mim e vós também dareis testemunho..." (Jo 15 26-27). O Espírito Santo é Deus com o Pai e com o Filho. Sua presença traz consigo o Filho e o Pai. Por Ele somos filhos no Filho e estamos em comunhão com o Pai.
 http://www.catequisar.com.br.

"Eu sou o Pão da Vida."


  Jesus disse:
Eu sou o Pão da Vida. 
Quem vem a mim não terá mais fome,
e quem crê em mim nunca mais terá sede.
     João 6, 35
 
Neste domingo, dia de Pentecoste, na Paróquia de São Sebastião foi celebrada a 1ª Eucaristia de mais de 60 crianças, das quais uma também recebeu o Batismo.





















 



domingo, 6 de maio de 2012

Nossa Senhora de Fatima

Este 13 de Maio é mais do que o Dia das Mães. Para milhões de fiéis, é o dia de Nossa Senhora de Fátima, mãe generosa e acolhedora que, num longínquo 1917, apareceu pela primeira vez a três pequenos pastores. Ainda que você não acredite em milagres, creia: Fátima é poderosa.

Desde 1917, peregrinos de todos os cantos do mundo visitam, em Portugal, a Cova de Iria, local de suas seis aparições. Atualmente, cerca de quatro milhões de pessoas por ano colocam os pés naquele solo sagrado, onde há 84 anos se dava uma das mais belas manifestações do divino: diante de 70 mil pessoas, o Sol pareceu dançar no firmamento. Aqui você confere histórias impressionantes e sente a força da mensagem de Fátima.

As aparições e o grande milagre

No dia 13 de maio de 1917, três crianças cuidavam de um pequeno rebanho na Cova da Iria, em Fátima, Portugal. Os pastorinhos chamavam-se Lúcia de Jesus, 10 anos, Francisco e Jacinta Marto, seus primos de 9 e 7 anos.

Por volta do meio-dia, depois de rezarem o terço, como sempre faziam, foram surpreendidos por uma luz muito brilhante e forte.

Em cima de uma azinheira (uma espécie de carvalho), viram uma senhora vestida toda de branco, mais brilhante que o Sol. "Ela emanava uma luz mais clara e intensa que um copo de cristal, cheio de água cristalina, atravessado pelos raios do sol mais ardente", relata Lúcia, ainda viva e, aos 94 anos, morando num convento em Coimbra, capaz de se emocionar até hoje com a lembrança.

Ela não esquece: a Senhora disse às crianças que era necessário rezar muito e convidou-as a voltarem à Cova da Iria durante mais cinco meses consecutivos, sempre no dia 13 e àquela mesma hora. Lúcia, que era a mais velha, recomendou aos outros dois que não contassem nada a ninguém. Mas Jacinta não soube guardar o segredo. E no dia 13 de junho, data da segunda aparição, os três pastorinhos não estavam mais sozinhos no encontro. Dessa vez, Lucia quase não compareceu. Vítima de maus tratos em casa, seus pais a tomavam por mentirosa e não acreditavam naquela história de aparição. Com medo, ela relutava em ir, mas foi convencida por uma prima. Durante muito tempo lhe pesou a acusação de mentirosa e de querer se promover às custas de Nossa Senhora de Fátima. Sua família, por sua vez, sempre guardou silêncio total em relação ao assunto.

Mas na terceira aparição, em 13 de julho, Nossa Senhora parece ter se sensibilizado com a injustiça contra Lúcia: prometeu um milagre para que o povo acreditasse na história das três crianças. No mês seguinte, entretanto, os três pequenos videntes não puderam ir ao encontro na Cova da Iria porque estavam presos. Foram pressionados a contar o que conversavam com Nossa Senhora. As crianças resistiram e, no dia 19, Nossa Senhora provou, mais uma vez, seu poder. Apareceu para as crianças em Valinhos, ali por perto, na mesma região portuguesa, e continuou a fazer revelações. Uma quinta aparição aconteceu em setembro.

O milagre


Na Cova da Iria, testemunhas
no instante do milagre,
em 13 de Outubro, de 1917:
o Sol dançando no céu.
O grande milagre, porém, ocorreu em 13 de outubro, data da sexta e última aparição. Setenta mil pessoas lotavam o lugar e foram testemunhas do feito extraordinário prometido. Chovia. De repente, do meio das nuvens negras e carregadas, o sol surgiu e começou a girar sobre si mesmo, iniciando uma dança no firmamento. Como uma imensa bola de fogo parecia querer precipitar-se sobre a terra.

José Maria Proença de Almeida Garret estava lá. Ele lembra do espanto daquele dia: "O disco de fogo tinha a vertigem do movimento numa dança alucinada e girava sobre si mesmo numa velocidade arrebatada."


Depoimentos

"Jamais houve uma manifestação sobrenatural de Nossa Senhora de conteúdo espiritual tão rico como a de Fátima. Nem aparição alguma reconhecida nos transmitiu mensagem tão clara, tão materna e tão profunda"


Cardeal Arcádio Larraona.

"A Mensagem de Fátima é o maior favor que Deus quis dar à humanidade atribulada do século XX"
Luigi Bianchi, autor italiano

"Fátima é a maior manifestação do sobrenatural à humanidade. A Mensagem de Fátima é a grande mensagem do céu aos homens"
D. Francisco Rendeiro, ex-Bispo do Algarve e de Coimbra.

O segredo de Fátima

Ao lado de João Paulo 2o, a irmã Lúcia,
que na infância viu Fátima. A foto é de 1991.
Vale esclarecer: somente os três pastorinhos tiveram contato com Fátima em suas aparições. E com a morte prematura de seus primos Jacinta e Francisco, ficou somente com Lúcia o tão famoso Segredo de Fátima. As duas primeiras partes do segredo são conhecidas desde 1941 e constam de documentos oficiais da Igreja Católica.

A primeira parte. Nossa Senhora fala dos castigos impostos por Deus pelos nossos pecados. Nesta vida, aqui na terra, haveria uma guerra horrível precedida por uma luz desconhecida no meio da noite, haveria fome, perseguição religiosa, erros espalhados no mundo pela Rússia e várias nações aniquiladas. A nós, pecadores, na outra vida, estariam reservados suplícios do inferno, dos quais os pastorinhos tiveram pavorosa visão.

A segunda parte do segredo revela os meios para evitar esses castigos: a devoção ao Imaculado Coração de Maria através da prática reparadora de rezar o terço, meditar nos mistérios do Rosário, confessar-se e receber a Sagrada Comunhão.

A última parte foi revelada em 2001. Fátima falou de um papa que sofreria um atentado. Os fatos parecem confirmar o mistério: em 1981, João Paulo II, foi baleado justamente num outro dia 13 de maio, dia da primeira aparição de Fátima.

Nossa Senhora de Fátima ensinou aos videntes (e, por seu intermédio, a todos nós), que todas as ações devem estar assentadas num profundo e incondicional amor a Deus. Se não for assim, não haverá redenção para nossas almas.

Conselhos de Mãe

Frei Ives, Vigário Geral da Igreja Nossa Senhora de Fátima, em São Paulo, SP, faz uma reflexão sobre a importância da mensagem de Fátima. Compartilhe esses momentos de sabedoria.

"O grande papel de Nossa Senhora de Fátima não é contar segredos e sim lembrar que Deus existe, nos ama, pode nos salvar e deve ser amado", ressalta Frei Ives.

"Sua mensagem é dirigida ao mundo moderno, um mundo devastado pela guerra e pela fome. Está escrito no Velho Testamento: os homens devem largar as lanças e voltar para os arados. Cultivar a terra, voltar para casa. O problema da fome no mundo é muito mais uma questão de solidariedade, fraternidade e partilha do que de produção. Fátima tratou de problemas complexos com crianças analfabetas, isso é admirável. Não se deve buscar sensacionalismo em suas mensagens.

Seus conselhos são os de toda mãe: estudem, ganhem conhecimento, ganhem dinheiro, progridam, tenham sucesso, mas não esqueçam de Deus, não deixem o mundo materialista fazer com que esqueçam de Deus. Se não, tudo isso perde o sentido. Sejam solidários e fraternos sempre.

Nossa Senhora de Fátima é a Mãe que vem lembrar isso. As pessoas rezam por ela e são atendidas. Ela nos acolhe como a Mãe que coloca o filho em seus braços. Não há nada mais grandioso do que isso. Não é por causa dos milagres que nós acreditamos, mas é claro que eles reforçam nossa fé", afirma categórico o frei Ives.

Oração à Nossa Senhora de Fátima

Virgem Santíssima,
transbordante da mais pura alegria
pela presença em vós do Verbo Divino Encarnado,
fazei com que, imitando na terra a pureza de vossa Anunciação,
a caridade de vossa Visitação a Santa Izabel,
amor terno a Jesus recém-nascido no presépio,
a humilde obediência com a qual vos apresentastes
no templo de Jerusalém,
possamos merecer também, como vós,
pela solicitude constante em buscarmos a Jesus durante a vida, encontrá-lo definitivamente no templo de Sua Glória Eterna.
Assim seja.

Histórias de cura

"Sofri uma cirurgia no cérebro em agosto de 1999. Tinha um tumor do tamanho de um ovo de galinha e estava desenganada pelos médicos. Após a cirurgia tive uma série de complicações, como água no pulmão, trombose na jugular e nas pernas. Rezei com muita fé à Nossa Senhora e ela me salvou. Hoje estou aqui conversando com você, totalmente curada. Fátima me deu a vida de volta."
Terezinha do Menino Jesus Oliveira Silva, 66.

"Meu irmão tinha leucemia e, no ano passado, fez um transplante de medula. Eu fui a doadora. Nós pedíamos muito, inclusive ele veio aqui para receber a unção dos enfermos e pediu muito para Nossa Senhora de Fátima. Hoje ele está curado."
Mirte Barbosa, 51.
 http://www.catequisar.com.br
 

Feliz com Maria

A mãe de Jesus é proclamada mãe de Deus. A base da fé cristã se dá em Jesus, por Ele não ser apenas um homem e sim também Deus. O filho que Maria gerou é pessoa divina. Ela acompanhou seu filho até a ressurreição. Por Ele ter ido ao céu, Maria também o acompanhou em seguida, sendo levada à eternidade na glória do Filho. Celebramos essa realidade da subida de Maria, viva em corpo e alma, para junto de Deus. Nós a proclamamos feliz, porque, de fato, ela cumpriu a missão que lhe foi confiada, apesar de seu sofrimento, vendo a injustiça humana perseguidora de Jesus. Mas, assim como Ele triunfou sobre tudo, sua felicidade foi imensa com essa vitória.

Maria, simples criatura de Deus, foi escolhida como modelo de isenção de pecado e de abertura total à ação do Criador. Ela bem lembra à prima Isabel a grandiosidade de Deus, que olhou para ela, simples serva obediente e humilde. Seu reconhecimento da bondade do Senhor é estímulo para também desenvolvermos nossa docilidade e adesão ao projeto de Deus a nosso respeito. Se todos ouvissem a Deus como Maria, teríamos pessoas mais felizes e convivência humana mais saudável. Jesus reconhece todas as pessoas que realizam o projeto de Deus como sua mãe. “Felizes são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática” (Lc 11, 28).

Já na preparação à vinda do Salvador, o povo hebreu, a caminho da terra prometida, levava a arca da aliança pelo deserto afora. Era o sinal da presença de Deus, o amparo e protetor do povo contra todas as adversidades da caminhada. O povo confiava no seu Senhor para atingir o objetivo de sua luta para fugir da escravidão e conquistar a liberdade. Com Jesus, a libertação se reveste da amplitude existencial. O objetivo da caminhada de seguimento a Ele vai até a eternidade. Mesmo nas adversidades o sacrifício é meritório e redundante em prêmio, tem em vista a cidade permanente. O ser humano quer revestir-se de imortalidade.

A felicidade transitória nada é em comparação com a imorredoura. A meta da realização humana plena só é atingida totalmente com a visão face a face do esplendor de Deus. O filho de Maria veio nos garantir tal finalidade. Maria foi a primeira a assumir essa causa trazida por Jesus. Torna-se verdadeira discípula e assume a missão de apresentar o filho para termos a vida unida à dele. A felicidade de Maria também pode acontecer em todos os que se tornam verdadeiros discípulos do Divino Mestre. Com Ele alcançamos a vitória sobre a morte, conforme diz Paulo. “Graças sejam dadas a Deus, que nos dá a vitória pelo Senhor Nosso, Jesus Cristo” (1 Cor 15, 57).

Para entendermos a missão de Maria e sua glorificação é preciso colocarmos fé no projeto de Deus. Ele visa o bem humano, com a valorização de sua caminhada terrestre, através da implantação da justiça e da convivência fraterna de todos, mas tendo o objetivo da conquista do Reino eterno. Não fosse isso, não perceberíamos a ação de Deus em Maria, fazendo dela um exemplo de fidelidade a Deus. Ela fez da sua felicidade a realização do projeto de Deus. Nós também somente conquistamos a felicidade autêntica imitando-a na realização desse projeto.

Dom José Alberto Moura

sábado, 5 de maio de 2012

Nossa Senhora Aparecida

Nossa Senhora Aparecida




Em outubro de 1717 passavam pela vila de Guaratinguetá, em São Paulo, o governador, o Conde Assumar e Dom Pedro de Almeida. Para recebê-los, os pescadores preparavam um evento onde apresentariam todos os peixes que pudessem pescar. Mas, por várias vezes, as redes jogadas ao rio voltaram vazias até que João Alves tirou das águas, para sua surpresa, a imagem de uma senhora sem cabeça. Ao jogar a rede novamente, surpresa maior: ele viu surgir a cabeça que faltava daquela imagem que fora recolhida. Depois disso, as redes que foram jogadas novamente voltaram repletas de peixes.

Aquela imagem, desde então, passou a ser visitada em reuniões semanais no vilarejo. Numa das vezes, as luzes que iluminavam a santa se apagaram de repente, para logo depois se acenderem sozinhas. Estava feito o primeiro milagre de Nossa Senhora.

De lá para cá, os devotos jamais se cansaram de sair em romaria, para chegar aos pés da santa. Nossa Senhora Aparecida, considerada a Padroeira do Brasil, tem sua festa maior celebrada no dia 12 de outubro, data que, desde 1988, é marcada como feriado nacional. Sua monumental basílica à beira do rio Paraíba, na cidade de Aparecida do Norte, foi consagrada pelo papa João Paulo 2º em 1980.

Primeiros milagres

Milagre das Velas
Estando a noite serena, repentinamente as duas velas que iluminavam a Santa se apagaram. Houve espanto entre os devotos, e Silvana da Rocha, querendo acendê-las novamente, nem tentou, pois elas acenderam por si mesmas. Este foi o primeiro milagre de Nossa Senhora.

Caem as correntes

Em meados de 1850, um escravo chamado Zacarias, preso por grossas correntes, ao passar pelo Santuário, pede ao feitor permissão para rezar à Nossa Senhora Aparecida. Recebendo autorização, o escravo se ajoelha e reza contrito. As correntes, milagrosamente, soltam-se de seus pulsos deixando Zacarias livre.

O Cavaleiro sem-fé

Um cavaleiro de Cuiabá, passando por Aparecida, ao se dirigir para Minas Gerais, viu a fé dos romeiros e começou a zombar, dizendo, que aquela fé era uma bobagem. Quis provar o que dizia, entrando a cavalo na igreja. Não conseguiu. A pata de seu cavalo se prendeu na pedra da escadaria da igreja ( Basílica Velha ), e o cavaleiro arrependido, entrou na igreja como devoto.

A Menina Cega

Mãe e filha caminhavam às margens do rio Paraíba, quando surpreendentemente a filha cega de nascença comenta surpresa com a mãe : "Mãe como é linda esta igreja" (Basílica Velha).

Menino no Rio

O Pai e o filho foram pescar, durante a pescaria a correnteza estava muito forte e por um descuido o menino caiu no rio e não sabia nadar, a correnteza o arrastava cada vez mais rápido e o pai desesperado pede a Nossa Senhora Aparecida para salvar o menino. Derrepente o corpo do menino para de ser arrastado, enquanto a forte correnteza continua e o pai salva o menino.

O Caçador

Um caçador estava voltado de sua caçada já sem munição, derrepente ele se deparou com uma enorme onça. Ele se viu encurralado e a onça estava prestes a atacar, então o caçador pede desesperado a Nossa Senhora Aparecida por sua vida, a onça vira e vai embora.

Oração de Nossa Senhora Aparecida

Ó incomparável Senhora da Conceição Aparecida,
Mãe de Deus,
Rainha dos Anjos,
Advogada dos pecadores,
refúgio e consolação dos aflitos
e atribulados,
Virgem Santíssima,
cheia de poder e de bondade,
lançai sobre nós um olhar favorável,
para que sejamos socorridos por vós,
em todas as necessidades em que nos acharmos.
Lembrai-vos,
ó clementíssima Mãe Aparecida,
que nunca se ouviu dizer que algum daqueles
que têm a vós recorrido,
invocado vosso santíssimo nome
e implorado vossa singular proteção,
fosse por vós abandonado.
Animados com esta confiança,
a vós recorremos.
Tomamo-nos de hoje para sempre por nossa Mãe,
nossa protetora, consolação e guia,
esperança e luz na hora da morte.
Livrai-nos de tudo o que possa ofender-vos
e a vosso Santíssimo Filho, Jesus.
Preservai-nos de todos os perigos da alma e do corpo;
dirigi-nos em todos os negócios espirituais e temporais.
Livrai-nos da tentação do demônio,
para que, trilhando o caminho da virtude,
possamos um dia ver-vos e amar-vos na eterna glória,
por todos os séculos dos séculos.
Amém.

Maria - Mãe de Deus

Resumidamente, podemos dizer que Nossa Senhora é Mãe de Deus e não da divindade. Ou seja, Ela é Mãe de Deus por ser Mãe de Jesus, pois as duas naturezas (a divina e a humana) estão unidas em Nosso Senhor Jesus Cristo.

A heresia de negar a maternidade divina de Nossa Senhora é muito antiga. Ela nasceu com Nestório, então bispo de Constantinopla.

Mas, afinal, por que Nossa Senhora é Mãe de Deus?

Vamos provar pela razão, pela Sagrada Escritura e pela Tradição que Nossa Senhora é Mãe de Deus.

A pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo
Se perguntarmos a alguém se ele é filho de sua mãe, se esta verdadeiramente for a mãe dele, de certo nos lançará um olhar de espanto. E teria razão.

O homem, como sabemos, é composto de corpo e alma, sendo esta a parte principal do seu ser, pois comunica ao corpo a vida e o movimento.

A nossa mãe terrena, todavia, não nos comunica a alma, mas apenas o nosso corpo. A alma é criada diretamente por Deus. A mãe gera apenas a parte material deste composto, que é o seu ser. E como é que alguém pode, então, afirmar que a pessoa que nos dá à luz é nossa mãe?

Se fizéssemos essa pergunta a qualquer pessoa sincera e instruída que não aceite que Maria é a mãe de Deus, ela mesmo responderia com tranqüilidade: "é certo, a minha mãe gera apenas o meu corpo e não a minha alma, mas a união da alma e do corpo forma este todo que é a minha pessoa; e a minha mãe é mãe de minha pessoa.

Sendo ela mãe de minha pessoa, composta de corpo e alma, é realmente a minha mãe."

Apliquemos, agora, estas noções de bom senso ao caso da Maternidade divina de Maria Santíssima.

Há em Jesus Cristo "duas naturezas": a natureza divina e a natureza humana. Reunida, constituem elas uma única pessoa, a pessoa de Jesus Cristo.

Nossa Senhora é Mãe desta única pessoa que possui ao mesmo tempo a natureza divina e a natureza humana, como a nossa mãe é a mãe de nossa pessoa. Ela deu a Jesus Cristo a natureza humana; não lhe deu, porém, a natureza divina, que vem unicamente do Padre Eterno.

Maria deu, pois, à Pessoa de Jesus Cristo a parte inferior - a natureza humana, como a nossa mãe nos deu a parte inferior de nossa pessoa, o corpo.

Apesar disso, nossa mãe é, certamente, a mãe da nossa pessoa, e Maria é a Mãe da pessoa de Jesus Cristo.

Notemos que em Jesus Cristo há uma só pessoa, a pessoa divina, infinita, eterna, a pessoa do Verbo, do Filho de Deus, em tudo igual ao Padre Eterno e ao Espírito Santo. E Maria Santíssima é a Mãe desta pessoa divina. Logo, ela é a Mãe de Jesus, a Mãe do Verbo Eterno, a Mãe do Filho de Deus, a Mãe da Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, a Mãe de Deus, pois tudo é a mesma e única pessoa, nascida do seu seio virginal.

A alma de Jesus Cristo, criada por Deus, é realmente a alma da pessoa do Filho de Deus. A humanidade de Jesus Cristo, composta de corpo e alma, é realmente a humanidade do Filho de Deus. E a Virgem Maria é verdadeiramente a Mãe deste Deus, revestido desta humanidade; é a Mãe de Deus feito homem.

Ela é a Mãe de Deus - "Maria de qua natus est Jesus": "Maria de quem nasceu Jesus" (Mt 1, 16).

Note-se que Ela não é a Mãe da divindade, como nossa mãe não é mãe de nossa alma; mas é a Mãe da pessoa de Jesus Cristo, como a nossa mãe é mãe de nossa pessoa.

A pessoa de Nosso Senhor é divina, é a pessoa do Filho de Deus. Logo, por uma lógica irretorquível, Ela é a Mãe de Deus.

A conseqüência da negação da maternidade divina é a negação da Redenção
Agora, qual é o fundo do problema dessa heresia? Analisemos alguns pormenores e algumas conseqüências de se negar a maternidade divina de Nossa Senhora.

O inventor da absurda negação foi Nestório, o indigno sucessor de S. João Crisóstomo, na sede de Constantinopla.

A subtilidade grega havia suscitado vários erros a respeito da pessoa de Jesus Cristo!

Sabélio pretendeu aniquilar a personalidade do Verbo. Ario procurou arrebatar a esta personalidade a áureola divinal; negaram os docetas a realidade do corpo de Jesus Cristo e os Apolinaristas, a alma humana de Cristo.

Tudo fora atacado pela heresia, na pessoa de Nosso Senhor; mas a cada heresia que surgia a Igreja infalível, sob a direção do Papa de Roma, saia em defesa da única e imperecível verdade: da pessoa do Verbo divino contra Sabélio; da divindade desta pessoa, contra Ário; da realidade do corpo humano de Jesus, contra os Apolinaristas.

Bastava apenas um ponto central para suportar o ataque da parte dos hereges: era a união das duas naturezas, divina e humana, em Jesus Cristo.

Caberia a Nestório levantar esta heresia, e aos filhos de Lutero continuarem a defender este erro grotesco.
Foi em 428 que o indigno Patriarca Nestório começou a pregar que havia em Jesus Cristo duas pessoas: uma divina, como filho de Deus; outra humana, como filho de Maria.

Por isso conclui o heresiarca, Maria não pode ser chamada Mãe de Deus, mas simplesmente Mãe de Cristo ou do homem.

Concebe-se o alcance de uma tal negação. Se as duas naturezas, a divina e a humana, não são hipostaticamente unidas em Nosso Senhor Jesus Cristo, de modo a formar uma única pessoa, desaparece a Encarnação e a Redenção, porquanto o Filho de Deus, não se tendo revestido de nossa natureza, não pode ser o nosso Redentor. Somente o homem Jesus sofreu. Ora, o homem, como ser finito, só pode fazer obras finitas. Logo, a Redenção não é mais de um valor infinito; Jesus Cristo não pode mais ser adorado, pois é apenas um homem; o Salvador não é mais o Homem-Deus. Tal é o erro grotesco que Nestório, predecessor de Lutero, não temeu lançar ao mundo.

Ora, os protestantes não querem levar às últimas conseqüências a negação da maternidade divina de Nossa Senhora. Admitem em Jesus Cristo duas naturezas e uma pessoa, mas lhes repugna a união pessoal (hipostática) das duas naturezas na única pessoa de Jesus Cristo.

Basta um pequeno raciocínio para reconhecer como necessária a maternidade Divina da Santíssima Virgem: Nosso Senhor morreu como homem na Cruz (pois Deus não morre), mas nos redimiu como Deus, pelos seus méritos infinitos. Ora, a natureza humana de Nosso Senhor e a natureza divina não podem ser separadas, pois a Redenção não existiria se Nosso Senhor tivesse morrido apenas como homem. Logo, Nossa Senhora, Mãe de Nosso Senhor, mesmo não sendo mãe da divindade, é Mãe de Deus, pois Nosso Senhor é Deus. Se negarmos a maternidade de Nossa Senhora, negaremos a redenção do gênero humano ou cairíamos no absurdo de dizer que Deus é mortal!

Os protestantes, admitindo que Jesus Cristo nasceu de Maria - e não podem negá-lo, pois está no Evangelho (Mt 1, 16) -, devem admitir: que a pessoa deste Jesus é divina; que Nossa Senhora é a Mãe desta pessoa; que ela é, portanto, Mãe de Deus! É um dilema sem saída do ponto de vista racional.

O Concílio de Éfeso:
Quando o heresiarca Ário divulgou o seu erro, negando a divindade da pessoa de Jesus Cristo, a Providência Divina fez aparecer o intrépido Santo Atanásio para confundi-lo, assim como fez surgir Santo Agostinho a suplantar o herege Pelágio, e S. Cirilo de Alexandria para refutar os erros de Nestório, que haviam semeado a perturbação e a indignação no Oriente.

Em 430, o Papa São Celestino I, num concílio de Roma, examinou a doutrina de Nestório que lhe fora apresentada por S. Cirílo e condenou-a como errônea, anti-católica, herética.
S. Cirilo formulou a condenação em doze proposições, chamadas os doze anátemas, em que resumia toda a doutrina católica a este respeito.

Pode-se resumi-las em três pontos:

1) Em Jesus Cristo, o Filho do homem não é pessoalmente distinto do Filho de Deus;

2) A Virgem Santíssima é verdadeiramente a Mãe de Deus, por ser a Mãe de Jesus Cristo, que é Deus;

3) Em virtude da união hipostática, há comunicações de idiomas, isto é: denominações, propriedades e ações das duas naturezas em Jesus Cristo, que podem ser atribuídas à sua pessoa, de modo que se pode dizer: Deus morreu por nós, Deus salvou o mundo, Deus ressuscitou.

Para exterminar completamente o erro, e restringir a unidade de doutrina ao mundo, o Papa resolveu reunir o concílio de Éfeso (na Ásia Menor), em 431, convidando todos os bispos do mundo.

Perto de 200 bispos, vindos de todas as partes do orbe, reuniram-se em Éfeso. S. Cirilo presidiu a assembléia em nome do Papa. Nestório recusou comparecer perante os bispos reunidos.

Desde a primeira sessão a heresia foi condenada. Sobre um trono, no centro da assembléia, os bispos colocaram o santo Evangelho, para representar a assistência de Jesus Cristo, que prometera estar com a sua Igreja até a consumação dos séculos, espetáculo santo e imponente que desde então foi adotado em todos os concílios.

Os bispos cercando o Evangelho e o representante do Papa, pronunciaram unânime e simultaneamente a definição proclamando que Maria é verdadeiramente Mãe de Deus. Nestório deixou de ser, desde então, bispo de Constantinopla.

Quando a multidão ansiosa que rodeava a Igreja de Santa Maria Maior, onde se reunia o concílio, soube da definição que proclamava Maria "Mãe de Deus", num imenso brado ecoou a exclamação: "Viva Maria, Mãe de Deus! Foi vencido o inimigo da Virgem! Viva a grande, a augusta, a gloriosa Mãe de Deus!"

Em memória desta solene definição, o concílio juntou à saudação angélica estas palavras simples e expressivas: "Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte".

Provas da Santa Escritura
Para iluminar com um raio divino esta verdade tão bela e fundamental, recorramos à Sagrada Escritura, mostrando como ali tudo proclama este título da Virgem Imaculada.

Maria é verdadeiramente Mãe de Deus.

Ela gerou um homem hipostaticamente unido à divindade; Deus nasceu verdadeiramente dela, revestido de um corpo mortal, formado do seu virginal e puríssimo sangue.

Embora, no Evangelho, Ela não seja chamada expressamente "Mãe de Cristo" ou "Mãe de Deus", esta dignidade deduz-se, com todo o rigor, do texto sagrado.

O Arcanjo Gabriel, dizendo à Maria: "O santo que há de nascer de ti será chamado Filho de Deus" (Lc 1, 35), exprime claramente que ela será Mãe de Deus.

O Arcanjo diz que o Santo que nascerá de Maria será chamado o Filho de Deus. Se o Filho de Maria é o Filho de Deus, é absolutamente certo que Maria é a Mãe de Deus.

Repleta do Espírito Santo, Santa Isabel exclama: "Donde me vem a dita que a Mãe de meu Senhor venha visitar-me?" (Lc 1, 43).

Que quer dizer isso senão que Maria é a Mãe de Deus? Mãe do Senhor ou "Mãe de Deus" são expressões idênticas.

S. Paulo diz que Deus enviou seu Filho, feito da mulher, feito sob a lei (Galat. 4, 4).

O profeta Isaías predisse que a Virgem conceberia e daria à luz um Filho que seria chamado Emanuel ou Deus conosco (Is 7, 14). Qual é este Deus? É necessariamente Aquele que, segundo o testemunho de S. Pedro, não é nem Jeremias, nem Elias, nem qualquer outro profeta, mas, sim, o Cristo, o Filho de Deus vivo.

É aquele que, conforme a confissão dos demônios, é: o Santo de Deus.

Tal é o Cristo que Maria deu à luz.

Ela gerou, pois, um Deus-homem. Logo, é Mãe de Deus por ser Mãe de um homem que é Deus e que, sendo Deus, Redimiu o gênero humano.

A Doutrina dos Santos Padres, a Tradição:
Tal é a doutrina claramente expressa no Evangelho, e sempre seguida na Igreja Católica.

Os Santos Padres, desde os tempos Apostólicos até hoje, foram sempre unânimes a respeito desta questão; seria uma página sublime se pudéssemos reproduzir as numerosas sentenças que eles nos legaram.

Citemos pelo menos uns textos dos principais Apóstolos, tirados de suas "liturgias" e transmitidas por escritores dos primeiros séculos.

Santo André diz: "Maria é Mãe de Deus, resplandecente de tanta pureza, e radiante de tanta beleza, que, abaixo de Deus, é impossível imaginar maior, na terra ou no céu." (Sto Andreas Apost. in transitu B. V., apud Amad.).

São João diz: "Maria é verdadeiramente Mãe de Deus, pois concebeu e gerou um verdadeiro Deus, deu à luz, não um simples homem como as outras mães, mas Deus unido à carne humana." (S. João Apost. Ibid).

S. Tiago: "Maria é a Santíssima, a Imaculada, a gloriosíssima Mãe de Deus" (S. Jac. in Liturgia).

S. Dionísio Areopagita: "Maria é feita Mãe de Deus, para a salvação dos infelizes." (S. Dion. in revel. S. Brigit.)
Orígenes (Sec. II) escreve: "Maria é Mãe de Deus, unigênito do Rei e criador de tudo o que existe" (Orig. Hom. I, in divers.)

Santo Atanásio diz: "Maria é Mãe de Deus, completamente intacta e impoluta." (Sto. Ath. Or. in pur. B.V.).
Santo Efrém: "Maria é Mãe de Deus sem culpa" (S. Ephre. in Thren. B.V.).

S. Jerônimo: "Maria é verdadeiramente Mãe de Deus". (S. Jerôn. in Serm. Ass. B. V.).

Santo Agostinho: "Maria é Mãe de Deus, feita pela mão de Deus". (S. Agost. in orat. ad heres.).

E assim por diante.

Todos os Santos Padres rivalizaram em amor e veneração, proclamando Maria: Santa e Imaculada Mãe de Deus.
Terminemos estas citações, pela citação do argumento com que S. Cirilo refutou Nestório:

"Maria Santíssima, diz o grande polemista, é Mãe de Cristo e Mãe de Deus. A carne de Cristo não foi primeiro concebida, depois animada, e enfim assumida pelo Verbo; mas no mesmo momento foi concebida e unida à alma do Verbo. Não houve, pois, intervalo de tempo entre o instante da Conceição da carne, que permitiria chamar Maria "Mãe de um homem", e a vinda da majestade divina. No mesmo instante a carne de Cristo foi concebida e unida à alma e ao Verbo".

Vê-se, através destas citações, que nenhuma dúvida, nenhuma hesitação existe sobre este ponto no espírito dos Santos Padres. É uma verdade Evangélica, tradicional, universal, que todos aceitam e professam.

Conclusão: Dever de culto à Mãe de Deus
Maria é Mãe de Deus... é absolutamente certo. Esta dignidade supera todas as demais dignidades, pois representa o grau último a que pode ser elevada uma criatura.

Oro, toda dignidade supõe um direito; e não há direito numa pessoa, sem que haja dever noutra.

Se Deus elevou tão alto a sua Mãe, é porque Ele quer que ela seja por nós honrada e exaltada.

Não estamos bastante convencidos desta verdade, porque, comparando Maria Santíssima com as outras mães, representamo-nos a qualidade de Mãe de Deus sob seu aspecto exterior e acidental, enquanto na realidade a base de sua excelência ela a possui em seu "próprio ser moral", que influi em seu "ser físico".

Maria concebeu o Verbo divino em seu seio, porém esta Conceição foi efeito de uma plenitude de graças e de uma operação do Espírito Santo em sua alma.

Pode-se dizer que a mãe não se torna mais recomendável por ter dado à luz um grande homem, pois isto não lhe traz nenhum aumento de virtude ou de perfeição; mas a dignidade de Mãe de Deus, em Maria Santíssima, é a obra de sua santificação, da graça que a eleva acima dos próprios anjos, da graça a que ela foi predestinada, e na qual foi concebida, para alcançar este fim sublime de ser "Mãe de Deus": é a sua própria pessoa.

Diante de tal maravilha, única no mundo e no céu, eu pergunto aos pobres protestantes: não é lógico, não é necessário, não é imperioso que os homens louvem e exaltem àquela que Deus louvou e exaltou acima de todas as criaturas?

Se fosse proibido cultuar à Santíssima Virgem, como querem os protestantes, o primeiro violador foi o próprio Deus, que mandou saudar à Virgem Maria, pelo arcanjo S. Gabriel: "Ave, cheia de graça!" (Lc 1, 28).

Santa Isabel: "Bendita sois vós entre as mulheres" (Lc 1, 42)

Igualmente, a própria Nossa Senhora nos diz: "Doravante, todas as gerações me chamarão bem-aventurada..." (Lc 1, 48).

Todos esses atos indicam o culto à Nossa Senhora, a honra que lhe é devida.

O Arcanjo é culpado, Santa Isabel é culpada, os evangelistas são culpados, os santos são culpados e 19 séculos de cristianismo também... Só os protestantes não...

Desde os primórdios do Cristianismo, como já vimos, era comum o culto à Maria Santíssima.

Em 340, S. Atanásio, resumindo os dizeres de seus antecessores nos primeiros séculos, S. Justino, S. Irineu, Tertuliano, e Orígenes, exclama: "Todas as hierarquias do céu vos exaltam, ó Maria, e nós, que somos vossos filhos da terra, ousamos invocar-vos e dizer-vos: Ó vós, que sois cheia de graça, ó Maria, rogai por nós!"

Nas catacumbas encontram-se, em toda parte, imagens e estátuas da Virgem Maria.

O culto de Nossa Senhora não é um adorno da religião, mas uma peça constitutiva, parte integral, e indissoluvelmente ligada a todas as verdades e mistérios evangélicos. Querer isolá-lo do conjunto da doutrina de Jesus Cristo é vibrar golpe mortal na religião inteira, fazê-la cair, e nada mais compreender da grandeza em que Deus vem unir-se às criaturas.

Nossa Senhora é Mãe de Deus: "Maria de qua natus est Jesus!"

Tudo está compendiado nesta frase. Maria, simples criatura; Jesus, Deus eterno; e a encarnação "de qua natus est"; afinal, a união indissolúvel que produz o nascimento, entre o Filho e a Mãe, a grande e incomparável obra-prima de Deus.

Ele pode fazer mundos mais vastos, um céu mais esplêndido, mas não pode fazer uma Mãe maior que a Mãe de Deus! (S. Bernardo Spec. B.V. c 10). Aqui Ele se esgotou. É a última palavra de seu poder e de seu amor!
 http://www.catequisar.com.br
Maria ... Mãe de todos nós!